Na bolsa de Santiago, ontem, a Latam registrou queda de 0,8%, para 10,678 pesos, a cotação mais baixa em pouco mais de três meses. A companhia teve prejuízo líquido (atribuído aos acionistas) de US$ 51,1 milhões no quarto trimestre de 2012, ante lucro de US$ 114,9 milhões um ano antes. No ano de 2012, o lucro foi de US$ 10,9 milhões, um recuo de 96,6% ante os US$ 320,1 milhões de 2011. A receita caiu 0,3%, para US$ 3,47 bilhões, no trimestre. No ano, cresceu 74%, para US$ 9,9 bilhões.
A Latam confirmou que sua capacidade no mercado doméstico brasileiro poderá ter redução entre 5% e 7% neste ano. Nas operações de carga, estima aumento de capacidade entre 2% e 4%, impulsionada pela incorporação de dois aviões 777 da Boeing.
"Prevemos um crescimento moderado nos voos de longa distância, de acordo com as condições do mercado", disse o principal executivo de finanças e relações com investidores (CFO) da Latam, Alejandro de la Fuente.
A revisão para baixo da capacidade de transporte de passageiros da Latam foi divulgada no mesmo dia em que a Associação Internacional do Transporte Aéreo (da sigla em inglês Iata) revisou para cima a projeção de expansão da demanda global por viagens aéreas.
De acordo com a Iata, o fluxo global de passageiros vai crescer 5,4%, ante iniciais 4,5%. No transporte de cargas, a projeção inicial, de 1,4%, foi revisada para 2,7%. "Essas revisões foram feitas porque acreditamos que o ciclo de baixa produção da indústria global aérea [no terceiro trimestre de 2012] passou", informou a Iata.
A América Latina, informou a Iata, poderá ter o segundo melhor resultado global de crescimento de tráfego aéreo, com crescimento de 8,1% em 2013. Ficaria atrás apenas do Oriente Médio, com previsão de 13,7%.
As operações internacionais da Latam já haviam apresentado dificuldades no quarto trimestre de 2012. Foi quando houve aumento de capacidade de outras companhias nos voos para a América do Sul, especialmente a partir dos Estados Unidos, além da fraqueza dos mercados europeus. Além disso, a capacidade de passageiros da LAN e da TAM nessas rotas aumentou 13,2% na comparação anual, resultando em uma menor taxa de ocupação e queda de rentabilidade.
Mesmo com a perspectiva de crescimento menor de suas operações internacionais, a Latam aposta nas rotas que a TAM opera de São Paulo para Nova York e Miami. "Há um clima de muita confiança na capacidade adicional entre São Paulo, Nova York e Miami, rotas que serão rentáveis no futuro", informou a Latam.
A partir dessas duas cidades americanas, a Latam tem a possibilidade de oferecer grande variedade de conexão com outras cidades americanas. A holding aguarda a aprovação do acordo de compartilhamento de voos ("code-share") da TAM com a American Airlines, divulgado em dezembro.
fonte: Valor Econômico
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